Conforme levantamento do Correio do Povo, com base em dados do TSE, no RS, dos dez maiores partidos políticos, sete perderam filiadas mulheres entre setembro de 2022 e 2023: PT, União Brasil, PSB, PP, MDB, PTB e PDT. Apenas PL, Republicanos e PSDB agregaram novas integrantes aos seus quadros.
O PDT foi o partido que mais perdeu filiadas mulheres em números brutos, 1.653. A presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) do RS, Mirian Fonseca, cita como causa e fator das desfiliações, a polarização extrema, que deixou o PDT mais “isolado” como partido de centro-esquerda nas últimas eleições gerais. Já quem perdeu mais filiadas percentualmente, foi o PTB, tendo uma baixa de 1,9%. O partido tinha 53.338 mulheres filiadas, passou para 52.297.
PL é o que mais cresceu
No período, o PL foi o partido que mais cresceu em número de filiadas mulheres, passando de 11.902 em 2022 para 12.220 em 2023, perfazendo um percentual de 2,7%. No entanto, a presidente do PL Mulheres, Adriane Cerini, garante que em dados internos, não atualizados no TSE, a sigla ultrapassou 14,6 mil filiadas no Rio Grande do Sul. Para ela, é um conjunto de fatores que começa com a valorização das mulheres na política, eis que tem sido feito um trabalho de credibilidade e as pessoas confiam. Cita como exemplo a regra de as comissões provisórias em todas as esferas terem 50% de mulheres. Lembra que na eleição de 2020, o partido apresentou 36% de candidatas mulheres. Enfatiza que o partido vem ampliando seus quadros desde o ingresso do ex-presidente Jair Bolsonaro, no ano passado. No caso das mulheres, Adriane acredita em uma identificação com a ex-primeira-dama Michele.