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A prevenção é a ação mais eficaz

É muito comum ouvirmos afirmações do tipo, “eu nunca pensei que isso fosse acontecer na minha família”. É claro que ninguém espera, e muito menos deseja que um membro da família venha a se envolver com drogas. Mas, infelizmente, isto pode acontecer. Principalmente com as proporções epidêmicas que o uso e o abuso dessas substâncias vêm atingindo não só nos grandes centros urbanos, mas em toda parte, quer urbana ou rural.   

E o problema, muitas vezes começa na própria família, com drogas lícitas como o álcool e o cigarro, podendo serem esses, o caminho e lugar onde tudo começa, cuja negligência dos pais pode levar o filho ao consumo e ao vício, inclusive, de drogas ilícitas como a maconha, crack e cocaína, levando a família toda à desgraça. Quando isso acontece, ninguém assume nada, e a sociedade cobra providências da polícia, inclusive com relação aos consumidores. Ora, a repressão é levada a efeito com relação ao “crime”, no caso, contra o tráfico e os crimes a ele relacionados, como furto, roubo, extorsão, assassinatos. Mas, apesar das eficientes ações repressivas das polícias, são medidas meramente paliativas, uma vez que, “enquanto houver consumidor de drogas haverá traficante”. Por isso, a forma mais viável e eficaz para se reduzir o consumo de drogas e os crimes que nele têm origem, “é a prevenção”, evitando-se que o indivíduo comece a consumir, cuja tarefa cabe à família, ao Poder Público com adoção de políticas públicas adequadas, à escola, à igreja, aos líderes e representantes comunitários, às organizações empresariais, entidades públicas e privadas, enfim à sociedade como um todo, afinal, todos somos responsáveis.

Com relação a família, há inúmeras formas de evitar que os filhos consumam drogas. O afeto, a manifestação de carinho e amor, o abraço, o beijo, o incentivo, fortalecem os vínculos da família, gerando clima de afetividade, sinceridade e companheirismo. O fator ambiente é de extrema relevância, por isso os pais devem proporcionar ambiente familiar atrativo e aconchegante, fazendo com que os filhos se sintam bem em suas casas. O diálogo! O diálogo é imprescindível. Ache tempo para conversas e consultas frequentes sobre qualquer assunto com seu filho. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre os inconvenientes do consumo de álcool e de outras drogas, e também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.

O Exemplo – Não se pode deixar de lado “a prática do bom exemplo”. Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.

A “liberdade”. Mais autonomia significa maior capacidade de decisão, incentiva a responsabilidade. É fundamental o respeito aos valores e sentimentos do filho.

A “participação” – Sempre, em minhas colunas de jornal e mesmo em programas do rádio “Drogas Caminho sem Volta” na Rádio Ciranda, defendi a necessidade dos pais “tomarem decisões em conjunto com seus filhos, pois assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados”. Há, também, a necessidade de os pais participarem das atividades dos filhos, porém com a devida cautela para que não pereça estar “se intrometendo e pegando no pé”, pelo contrário, no sentido de valorizar e estimular, e assim, crescer com eles.

Enfim, entendo que os pais devam se preocupar com a prevenção explicando aos filhos quais são os riscos do uso de drogas, a não experimentá-las e, com clareza estabelecer “regras”, impor limites. Porém, quando fizer alguma proibição, não deixe dúvidas sobre suas razões. Afinal, “o amor de pai e de mãe acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza”. 

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