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A onze meses das eleições municipais e não se vê ninguém na vitrine como pré-candidatos a prefeito, exceto os que visam a reeleição

E não venham com churumelas

O ano das eleições municipais se aproxima, estamos a menos de dois meses de 2020. Embora sem o entusiasmo e empolgação de antigamente, o eleitorado já comenta sobre este ou aquele nome que deverá concorrer a prefeito e também sobre futuros candidatos a vereador. Para os indiferentes e para os que declaradamente não gostam e não querem nem saber de política, é bom ir mudando de ideia, pois queiramos ou não, alguém vai ser eleito, e o prefeito eleito terá legitimidade para gerir os destinos do município, o que implica de alguma forma na vida das pessoas que esperam bons serviços de saúde, educação, seriedade e controle dos gastos públicos, de boas estradas rurais, de ruas e calçadas transitáveis de forma confortável, de iluminação pública, enfim, da infraestrutura geral que atenda ao interesse público; de atendimento e tratamento respeitoso, competente e ágil por parte do município; de um prefeito que promova de verdade boas e viáveis iniciativas e incentivos ao desenvolvimento econômico. Para isso é preciso que a comunidade, os eleitores tenham interesse e sejam ouvidos para que os partidos não se sintam os donos da situação indicando candidatos a seu bel prazer, sem o perfil adequado como geralmente ocorre. E que os atuais prefeitos não venham com essa churumela de que não pensou no assunto de reeleição. Pensou sim. Até porque se não pensou, não tem sentido passar a pensar na última hora. Aqui da microrregião podem crer que no mínimo 80% deles vai pleitear um segundo mandato.

 Não é o partido que elege

Ouço comentários de que o segmento “x” ou “y” vence a próxima eleição porque é composto por partidos mais fortes ou que a coligação será integrada por maior número de partidos. Inúmeros exemplos se têm visto que comprovam o contrário, entre outros, a eleição em Santo Augusto que elegeu Darci Pompeo de Mattos (PDT) como prefeito em 1988. Na época era um partido nanico, composto de pessoas humildes que, sozinho, venceu todos os poderosos partidos de então como PDS, PMDB e PFL. Temos o exemplo recente do presidente Bolsonaro que concorreu sem coligação, por um partido inexpressivo, quase desconhecido. Então que as eleições de 2020 podem trazer surpresas, o eleitor não está escolhendo por partido e sim pelo nome, pelo candidato melhor qualificado, melhor preparado, que inspire confiança, sem vícios da velha política, que tenha projeto de gestão consistente e não aqueles que uma comissão designada elabora sem critérios, sem viabilidade, e muitas vezes até sem o conhecimento do candidato. É hora do despertar dos bons nomes ocultos por aí.

 Refletindo

Já observou? Parece jogada ensaiada. Sempre que perguntado a dirigente partidário quem seria, dentro de seu partido, o nome para concorrer a prefeito, invariavelmente a resposta é essa: nosso partido tem vários nomes para concorrer a prefeito, cada filiado, o prefeito, os ex-prefeitos, os vereadores do partido são pré-candidatos, todos natural e plenamente capazes e com condições de ser candidato a prefeito. Ora, isso é encher linguiça. Não dizem nada com nada. Em momento algum falam em buscar novas lideranças, novos participantes, renovação, em capacidade de gestão pública. Tudo gira em torno de um pequeno grupo partidário dominante dentro das respectivas siglas. É sempre o mesmo do mesmo. É uma centralização parecida com medo e cuidado para não perder poder. Por isso, e devido a mesmice, é que o eleitor perde as esperanças nos políticos e de ver melhora na gestão pública de seu município. É hora de pensar o município e não de pensar no poder. Aliás, boa pergunta: Qual é o projeto para o meu município? Estou falando de projeto duradouro, não apenas do mandato.

 A propósito

“É hora de reagir, de participar e motivar participação efetiva na vida política do município. Até porque existe uma lógica: o castigo dos que não fazem política é ser governado pelos que fazem”. Se não quer assim, reaja. Ou acha suficiente reclamar, criticar, mas deixar que os outros decidam por você?

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