Agosto Lilás

O mês de agosto carrega um significado especial para a luta em defesa das mulheres: é o chamado “Agosto Lilás”, dedicado à conscientização e ao enfrentamento da violência doméstica e de gênero. Durante o mês, por toda a parte do país são feitas campanhas, debates, ações educativas e mobilizações que buscam romper o ciclo do silêncio, e informar sobre os direitos e estimular a denúncia. Além disso, o lilás, cor símbolo do movimento, em muitos lugares, veste prédios públicos, ilumina praças públicas e se faz presente nas ruas, lembrando que a preservação da vida feminina é compromisso coletivo.

Ao olharmos para os números, a realidade atual impõe sua gravidade – durante o feriado da Semana Santa, por exemplo, apenas aqui no Rio Grande do Sul, dez mulheres foram assassinadas por questão de gênero, em um intervalo de quatro dias. É preocupante! O estado registrou 36 feminicídios entre janeiro e junho do presente ano, um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que, em média, uma mulher foi assassinada por motivação de gênero a cada cinco dias. E não se trata de dados apenas estatísticos, são vidas interrompidas, histórias silenciadas pela brutalidade.

A propósito

Reduzir esse machismo doentio é tarefa urgente e coletiva, com ações cotidianas e transformações culturais. O combate a esse comportamento começa na educação, dentro de casa e nas escolas, promovendo o respeito mútuo, a empatia e a igualdade de direitos desde a infância. Ações institucionais também são essenciais: empresas, escolas e órgãos públicos podem implementar políticas de enfrentamento ao machismo, promover campanhas de conscientização e criar espaços seguros para denúncias e acolhimento de vítimas.

Futebol Amador

O futebol amador, também conhecido como futebol de várzea, com foco no lazer, é uma atividade recreativa, que promove a socialização e o fortalecimento dos laços comunitários. É praticado em campos, muitas vezes improvisados e com parcas ou nenhuma estrutura, comuns em bairros e comunidades. O futebol de várzea é tão significativo, que além de disputar torneios e campeonatos, sedia as tradicionais peladas – partidas recreativas de futebol com regras livres – acompanhadas de eventos sociais, como churrasco, festas e confraternizações, fortalecendo o senso de comunidade. Não é apenas um esporte, mas um fenômeno social que une pessoas, promove a saúde e o lazer, e contribui para a construção de comunidades mais fortes, unidas e colaborativas.

Cotidiano do cidadão

O que o cidadão mais precisa – e espera – é que o município cumpra seu papel primordial: cuidar, com zelo e eficiência, daquilo que faz a diferença no seu dia a dia. O município é o espaço político mais próximo do indivíduo. É ali que as decisões se materializam em ruas limpas, iluminação pública, vias urbanas e rurais transitáveis com segurança, escolas funcionando, postos de saúde acessíveis. A coleta regular do lixo, a manutenção das praças e espaços de lazer, a sinalização adequada das ruas, promovem dignidade, segurança e qualidade de vida.

Quando a prefeitura se compromete a ouvir e atender as necessidades reais dos moradores, valoriza o serviço público e fortalece a confiança na administração. Pequenas melhorias criam um ambiente onde o cidadão sente pertencimento e respeito. É no detalhe que reside o cuidado verdadeiro.

Aliás

Cuidar das questões do dia a dia é, antes de tudo, reconhecer que o bem-estar coletivo nasce das ações simples e necessárias. Um município atento, presente e comprometido não apenas resolve problemas, mas constrói uma cidadania mais plena e ativa. E é assim, a partir das necessidades mais imediatas, que se constrói uma sociedade mais justa, acolhedora e orgulhosa de si mesma.

 A intolerância, hoje

É impressionante como as diferenças de opinião, valores e estilos de vida, hoje, parecem transformar-se facilmente em motivos de conflito, afastamento e rupturas sociais. Redes sociais intensificam emoções e polarizam debates, tornando a convivência mais tensa até nos espaços locais e familiares. Palavras ganham tons mais duros, gestos pequenos tornam-se gatilhos para reações exageradas e a escuta ativa cede espaço à urgência de emitir julgamentos. O medo do diferente se traduz em posturas defensivas, e a empatia é muitas vezes sufocada pelo desejo de reafirmar certezas próprias.

Esse ambiente de intolerância, impaciência e dureza dificulta o diálogo e o entendimento mútuo, criando barreiras para a construção de soluções coletivas e para o fortalecimento do tecido social. Ao rejeitarmos ouvir, compreender e respeitar as necessidades e visões do outro, comprometemos nossa capacidade de convivência e de cooperação.

Dirigir sem CNH

Um problema grave e silencioso está passando batido pelas ruas e estradas brasileiras. Refiro-me ao alto número de condutores de veículos circulando sem a devida carteira de habilitação. Segundo levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, cerca de 20% dos condutores em circulação não possuem CNH. Além disso, o País registrou, em 2024, 32 mil mortes no trânsito, de acordo com o Ministério da Saúde. As consequências de dirigir veículos sem possuir habilitação vão muito além de uma simples infração administrativa. É um risco grave e direto à segurança nas vias, que penaliza a coletividade. Mas a maior das consequências é invisível: provoca acidentes graves, que resultam em lesões, mortes e traumas permanentes para vítimas e familiares. E o grande estimulador para isso é a falta de fiscalização de trânsito e o alto custo para habilitar-se. Portanto, a forma mais eficaz para reduzir o número de condutores sem CNH é “a fiscalização física de trânsito nas ruas e estradas brasileiras, hoje inexistente ou desativada”.

RADAR

Um fato nada comum ocorreu na Câmara de Vereadores de Braga. Em virtude do falecimento prematuro do vereador Bolivar José Della Libera (PP), o presidente da Câmara, ao decretar a extinção do mandato do falecido, também declarou vago o cargo que por ele era ocupado. Por quê? Porque a legenda não possui suplente, os únicos três candidatos que concorreram pela sigla em 2024 foram eleitos. Agora, cabe à Justiça Eleitoral decidir e determinar como essa vaga será preenchida.

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