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Servidores da segurança do RS não aceitam adiamento de reajustes

Medida vem sendo estudada pelo Palácio Piratini para enfrentar crise. 

Policiais civis e agentes penitenciários paralisam atividades nesta terça.

 

Do G1 RS

José Ivo Sartori governador do RS (Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini)Sartori participou de reunião com sindicatos de

servidores (Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini)

Entidades de servidores da segurança pública do Rio Grande do Sul dizem que não vão aceitar o adiamento do reajuste dos salários concedidos pelo governo anterior e cuja primeira parcela está prevista para maio. A medida vem sendo cogitado pelo Palácio Piratini para enfrentar a crise financeira do Estado.

Nesta segunda-feira (27), sindicatos de servidores da segurança e de cerca de 20 categorias do funcionalismo estadual participaram de uma reunião com o governador José Ivo Sartori e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, onde foi apresentada a situação financeira do estado.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm-Sindicato), Fábio Castro, o governo não deu nenhuma garantia de que pretende manter os reajustas para os funcionários da segurança pública.

“A gente esperava que nos fosse apresentada alguma posição sobre o que o governo pretende fazer e de que forma pretende cumprir com a lei aprovada pela Assembleia de pagar o nosso reajuste e as nossas promoções, mais isso não foi feito”, afirmou.

Uma paralisação dos policiais civis está prevista para esta terça-feira (28). Das 8h30 às 18h, as viaturas não devem circular pela cidade e as delegacias de pronto atendimento (DPPAs) e plantões devem atender apenas flagrantes e casos de maior gravidade. O sindicato dos agentes penitenciários (Amapergs) também vai aderir à paralisação.      

“Faremos essa paralisação para chamar a atenção da sociedade para a situação em que se encontra a segurança pública, em processo de desmonte, com falta de efetivo, corte de horas extras e aumento da criminalidade”, diz Castro.

Entidades representativas de servidores de nível médio da Brigada Militar também participaram da reunião. Ao final de encontro, elas divulgaram uma nova conjunta em que afirmam que “que não negociarão o adiamento do pagamento dos índices salariais contidos em lei” e também ameaçam parar. “Se o governo Sartori insistir em descumprir a lei, todos nós estamos autorizados a descumpri-la e vamos para a greve”, diz o texto.

O Palácio Piratini estuda enviar à Assembleia um projeto de lei que adia os reajustes dos servidores da segurança. Os aumentos foram concedidos em parcela pelo governo Tarso Genro até 2018 e terão um impacto de R$ 400 milhões nos cofres públicos apenas em 2015. Outras medidas estudadas pelo governo incluem o aumento do ICMS e a revisão dos incentivos fiscais.

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