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Fatos em Foco 20.12.2013

TRE cassa prefeito

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, em sessão plenária realizada nesta terça-feira (17), reformou a sentença de primeiro grau com origem em Campo Novo, condenando o prefeito Milton José Menusi (PSDB), e seu vice, Jocemar Scherer (DEM), por abuso de poder econômico nas eleições de 2012. Além da cassação do diploma, Menusi foi penalizado com a inelegibilidade por oito anos. O acórdão faz referência a ofertas e entrega de valores financeiros e promessas de cargo público em troca de voto e apoio político, o que, no entendimento dos julgadores, se caracterizou como compra de apoio político, tendo afetado a vontade dos eleitores e desequilibrado o pleito. Pela decisão, deverá tomar posse a chapa que obteve o segundo lugar.

 

Tentaremos reverter…

A coluna contatou por telefone com o prefeito Milton Menusi, onde ele informou que vai apelar da sentença, e que seu advogado já está preparando o recurso que dará entrada no Tribunal Superior Eleitoral na tentativa de reverter o quadro. Menusi se disse otimista em virtude de que, além da decisão em primeira instância tê-lo absolvido, o TRE desconsiderou pontos importantes do processo que enveredariam a seu favor.

 

Entenda o caso

No dia 24 de fevereiro de 2012, a Promotoria de Justiça de Campo Novo, com o apoio de agentes do Sistema Integrado de Investigação Criminal, efetuou a prisão em flagrante do então pretenso candidato a prefeito Milton José Menusi, visto ter recebido denúncia de que ele estaria oferecendo valores em dinheiro para dirigentes de outros partidos políticos em troca de apoio à sua possível candidatura a prefeito. Ele teria sido flagrado pela operação denominada “Mala Preta”, ao sair da casa de uma líder política que teria acabado de receber a oferta, portando adesivos de campanha e celular. Na instância inicial Menusi foi absolvido, mas o MP recorreu da decisão junto ao TRE.

 

Entre erros e acertos

Nas opiniões aqui expostas, por óbvio, já tive erros e acertos. Mais acertos do que erros. Entre os acertos, está o que escrevi e consta da edição de 23 de março de 2012, portanto, seis meses e meio antes das eleições municipais daquele ano. Lá está escrito: A União por Santo Augusto (PDT/PT/PMDB) me parece estar organizada e pronta para manter a coligação e até com nome praticamente definido para concorrer a prefeito. Os demais partidos (PTB/PPS/PSDB/PP/DEM/PSB) demonstram estarem desarticulados e dispersos. Dito e feito. Provado ficou que partidos desarticulados não ganham eleição.

 

Fiz a citação para lembrar que…

No ano que vem teremos eleições gerais. Os santoaugustenses são orgulhosos pelo trabalho e conduta ilibada que vêm demonstrando os seus deputados Ernani e Jerônimo. Ambos buscarão e certamente são merecedores da reeleição. Contudo vejo que poderão sofrer forte revés eleitoral na sua terra, em Santo Augusto. Por quê? Porque o partido ao qual são vinculados, o PP, em seu município está desarticulado e, não me levem a mal, praticamente acéfalo. Já foi o maior partido em nível local, mas por inércia e falta de lideranças ativas, está em decadência. Por questão de justiça e reconhecimento ao trabalho que Ernani e Jerônimo vêm realizando, o partido que é rico em lideranças ociosas, seja rearticulado e retomado seu potencial, mesmo a custo de uma intervenção.

 

Luz vermelha no Piratini

Em recente pesquisa do Instituto Methodus, a senadora Ana Amélia (PP) aparece em primeiro lugar para o governo estadual, em 2014, com 38,2%, enquanto Tarso Genro ficou com 31,8% das intenções de voto, seguido de José Ivo Sartori (PMDB, com 5,4% e Vieira da Cunha (PDT), com 4%. O PT se nega acreditar nessa pesquisa, mas, a opinião pública já esperava uma boa performance da senadora progressista nas aferições. Tarso Genro criou uma expectativa enorme, mas a gauchada demonstra claramente que o governo petista não emplacou. E mais: o chamado alinhamento político (governo estadual do PT e governo federal), tão prometido durante a campanha, não aconteceu. Pelo contrário, o governo gaúcho ficou isolado e com grandes dificuldades de superar os problemas. Se houver segundo turno, babaus Tarso.

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