Pesquisar
Close this search box.

Crônicas Curtas 11.10.2018 Cadeirantes reclamam

O passeio público mostrado na foto fica na Rua Rio Branco, área central da cidade.

Cadeirantes reclamam

Mais uma vez a coluna vem sendo contatada por cadeirantes de Santo Augusto que se queixam das dificuldades de acesso nas vias públicas e do risco enfrentado à sua integridade física tanto pela inexistência de passeios como pelas más condições que eles se apresentam, e também pela falta de acessibilidade dos espaços públicos para suas locomoções. Citam o reduzido número de acessos (rampas) que demandam da rua para a calçada e vice-versa; rampas inadequadas para o acesso, muito inclinadas o que pode ser causa para acidente e queda do cadeirante; calçadas quebradas, esburacadas, em desnível, ou passeios sem calçamento. Essas situações adversas de acessibilidade obrigam muitas vezes o cadeirante a andar pela pista de rolamento disputando o espaço com os veículos automotores, correndo o sério risco de ser atropelado.

 Igualdade com os demais

É dever e obrigação do Poder Público Municipal oferecer condições de acessibilidade e possibilidade de alcance para utilização, “com segurança e autonomia”, de modo a proporcionar a maior independência possível e dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar ou que quiser, em “igualdade com os demais cidadãos”.

Vagas no estacionamento

Outro problema bastante sério que os deficientes enfrentam é o “desrespeito nas vagas de estacionamento a eles destinadas”. Segundo alguns cadeirantes que conversaram com a coluna, é comum eles se depararem com a vaga ocupada por carro não identificado, estacionado no local destinado ao cadeirante.

 Prefeito, cadê você?

O prefeito, segundo os ditames legais, possui múltiplas funções, todas elas relacionadas com a preservação e melhoria do município, bem como o “bem-estar de seus cidadãos”. Pois bem. Então essa questão da infraestrutura que afeta a mobilidade do cadeirante nas vias de nossa cidade, é com o prefeito. Aliás, logo ao assumir, no início de 2017, o prefeito Naldo falou à coluna que “ia adequar e padronizar os passeios públicos para que quem tiver necessidades especiais possa ter mobilidade”. Ora, já se passaram quase dois anos, já está praticamente na metade do mandato e nada foi feito, pelo contrário, os problemas no setor se agravam a cada dia e nenhuma providência ou atitude é tomada. Prefeito Naldo, é com o senhor!

Sem ver televisão

Santo Augusto tem um percentual elevado de moradores que não dispõem de condições financeiras para adquirir antena parabólica e muito menos pagar tv por assinatura. Mas quebravam o galho assistindo a RBS, Bandeirantes, SBT e até a Record, captadas por uma simples antena externa, ou em algum ponto até só com antena interna se consegue o sinal. Já fazem vários meses os sinais desses canais de televisão simplesmente desapareceram para esses moradores que maldispunham do aparelho, ficando apenas com a RBS. Só que agora a RBS também anda capenga, está pegando muito mal. Como são pessoas humildes nem sabem a quem reclamar, e assim, como não têm dinheiro para comprar antena parabólica ou pagar assinatura, não podem assistir televisão.

 Quem é o responsável?

Ora, a responsabilidade por manter as antenas repetidoras e sinais de tv funcionando é da Prefeitura Municipal. É uma questão de cunho social, cultural, de entretenimento e de lazer, do qual esses moradores estão sendo cerceados. A Prefeitura é que tem que cuidar da manutenção das antenas repetidoras de sinal e tomar todas as providências pertinentes onde e quando for necessário. São essas pessoas, os mais pobres e mais humildes que precisam da assistência do Poder Público. Os outros sabem e podem andar sozinhos. Prefeito, olha para essa gente e resolva o problema. É só ter vontade.

Na região, todos reeleitos

Na eleição de domingo (7), todos os deputados, estaduais e federais, que representam a nossa Região Celeiro foram reeleitos. Para a Assembleia Legislativa foram reeleitos: Aloísio Classmann (São Martinho), Zilá Breitenbach (Três Passos) e Ernani Polo (Santo Augusto). Para a Câmara Federal, Jerônimo Goergen e Pompeo de Mattos (ambos de Santo Augusto). Apesar da redução no número de votos em relação a eleição de 2014, os deputados Jerônimo e Pompeo obtiveram expressiva votação, 89.707 votos e 80.427 votos, respectivamente. Já Ernani Polo, reeleito deputado estadual, teve crescimento considerável em relação a votação obtida na eleição anterior, uma vez que agora somou 67.248 sufrágios. Classmann obteve 37.920 e Zilá 24.115 votos.

O que houve com o PDT?

No município de Santo Augusto, o maior partido e com maior número de eleitores é o PDT. O partido detém seguramente 3.500 eleitores fiéis e afinados ideologicamente. Porém, na eleição do último domingo (7), estranhamente aos olhos da população, a maioria dos eleitores pedetistas do município relegou, rejeitou o seu próprio candidato a governador, ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, o qual obteve tão somente 938 votos em Santo Augusto. Ora, além de o eleitorado pedetista ser historicamente fiel ao partido, aqui é a terra do deputado Pompeo de Mattos, e mais, aqui é a terra do presidente do PDT do Rio Grande do Sul, Pompeo de Mattos. Muito estranho. Afinal, o que houve com o PDT? Já o candidato a governador pelo PSDB, Eduardo Leite, obteve 3071 votos; Sartori (MDB), 2179 votos, e Rossetto (PT), 1674 votos, dos eleitores santoaugustenses. Seguramente, não menos que 2.500 votos do PDT, no município, foram diluídos entre os outros três candidatos citados, considerando que todos eles obtiveram votação bem superior ao potencial eleitoral que cada um tem no município.

Aliás

Acompanhei as propostas e os argumentos dos candidatos a governador durante a campanha eleitoral. Me convenci de que a melhor proposta para o Estado e o mais preparado e com perfil para governar, sem dúvida, era Jairo Jorge (PDT). Mas, respeite-se a escolha do eleitor.

Beco sem Saída

O funcionalismo ligado ao Poder Executivo do Estado está fechando quatro anos que mês a mês amarga o atraso do salário. Todos ansiavam pela chegada das eleições e se ver livre desse governador que sempre tratou o funcionalismo com menosprezo. Então chegou a eleição. E aí? Aí que Sartori foi para o segundo turno e, pior, o concorrente, Eduardo Leite (PSDB), queira Deus que eu esteja enganado, é bem pior do que Sartori quando o assunto é funcionário público. Ele sempre demonstrou aversão aos servidores públicos. Já estou pensando em reavaliar, entre o ruim e o pior. Que sina! É um beco sem saída. Mas, conformemo-nos, é o que está posto à mesa.

Eduardo Leite ou José Sartori? Um deles será o governador 2019/2022

 

Categorias

Categorias

Arquivos

Arquivos