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Confronto entre professores e PM fere mais de 150 em Curitiba

Manifestantes protestam contra a aprovação de um projeto de lei que altera a previdência estadual

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Um protesto de professores terminou em confronto com a Polícia Militar nesta quarta-feira em Curitiba, no Paraná. Mais de 150 pessoas ficaram feridas – algumas delas, em estado grave, segundo a Guarda Civil da cidade. O conflito teve início por volta das 15 horas, em frente à Assembleia Legislativa, quando deputados estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei que altera a previdência estadual.

Ao menos 35 pessoas que precisavam de atendimento médico foram encaminhadas a hospitais – a maioria, ao Hospital Cajuru. Os servidores da prefeitura de Curitiba foram liberados em razão do tumulto. Entre os feridos estão o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha, e um cinegrafista da Band, atacado por cachorros dos policiais. A confusão teve início quando um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários.

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Os professores, que estão acampados desde a última segunda-feira no local, teriam tentado romper perímetro de segurança que a PM traçou em torno do prédio. Os policiais reagiram com bombas de gás, balas de borracha e jatos de água. Os manifestantes recuaram, e os PMs passaram a jogar bombas de efeito moral.

O sindicato transmitia o protesto na internet ao alto de um caminhão de som quando o veículo foi rebocado pela polícia. A partir daí, as informações dos representantes dos professores passaram a ser transmitidas apenas pelo Facebook. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, informou pelo Twitter que a prefeitura foi evacuada para atender os feridos, que também recebem os primeiros socorros também no Tribunal de Justiça. Seis escolas que ficam na região suspenderam as aulas. "Parece uma praça de guerra!", escreveu Fruet no Twitter.

A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos e retomada mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora.

Sobre o projeto – O projeto de lei em votação na Assembleia Legislativa foi encaminhado pelo Executivo para alterar a previdência estadual. O governo paranaense quer tirar 33.000 aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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