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Caso Kimberly, inquérito é entregue à justiça com apenas um suspeito indiciado

 

 

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (02/07), o delegado de Polícia Civil de Palmeira das Missões, Adriano Rodrigues Linhares, esclareceu os pontos contidos no inquérito policial entregue à justiça na terça-feira (1), sobre o assassinato da estudante, Kimberly Rükert, de 22 anos, de Três Passos.

 

No inquérito, consta o resultado de cerca de três meses de trabalho. Linhares, que classificou a investigação desde o início, como de grande complexidade, explicou detalhadamente como o principal suspeito, Silmar do Amaral Figueiro (30 anos), agiu no dia do crime.

 

De acordo com o delegado, Silmar, que já está preso desde o dia 4 de junho, não tinha relação com a vítima. “Uma pessoa que tem relação com a outra, não precisa abordar ela com uma arma de fogo em frente à sua casa, que foi o que ele fez. Além disso, eles nunca mantiveram contato por telefone ou algum outro meio”, disse.

 

Linhares explicou que no dia do crime o sujeito rondou o trabalho de Kimberly e após a seguiu até em casa, indo por um caminho mais curto, o que possibilitou a chegada dele antes da vítima. “Ele a abordou com o emprego de arma e a levou para o local do crime”, afirmou.

 

Adriano ressaltou ainda que o suspeito teria passado cerca de 11 horas ao lado da vítima após cometer o crime. “As investigações apontam, seja por telefone ou pelo próprio depoimento dele que às 19 horas a Kimberly não estava mais viva, ou seja, esse sujeito ficou das 19 horas até as 6h30 do dia seguinte ao lado da vítima sem vida, como ele afirmou em depoimento, e após ateou fogo para acabar com qualquer vestígio”, reiterou.

 

Adriano também salientou que um caso de estupro envolvendo Silmar, em 2012, embasou a investigação. “Há um inquérito de 2012 de uma vítima de estupro e que, com a prisão dele, se manifestou apontando-o como o autor. As formas com que os dois crimes foram cometidos desta vítima e da Kimberly, são muito semelhantes”, disse.

 

Sobre o envolvimento de outras pessoas no crime, o delegado classificou como “absolutamente inviável”. “No local do crime existia pegadas de apenas uma pessoa se afastando da proximidade do carro. Por que chegariam três outros sujeitos, de acordo com o que o suspeito disse, abateriam a vítima e deixariam ele livre, com os pertences da vítima? Isto é algo hilariante”, afirmou.

 

Além disso, Linhares destacou que em nenhum dos cinco depoimentos, Silmar afirmou ter recebido dinheiro para a execução do crime. “De forma alguma ele relatou que tivesse recebido dinheiro de alguém, e no nosso trabalho de investigação exaurimos todas as possibilidades, inclusive investigando todas as relações do sujeito e caso existisse um mandante neste crime teria que existir um em 2012 também”, destacou.

 

O resultado das investigações apontam para os crimes de estupro (art. 213 do Código Penal), latrocínio – roubo seguido de morte  (art. 157, §3º do Código Penal), destruição do cadáver (art. 2011 do Código Penal), receptação e porte ilegal de arma de fogo (art. 12 da lei 10.826/2003). O inquérito agora está na via processual e nos próximos dias sai o resultado do pedido de prisão preventiva representado pela Polícia Civil.

 

                                                                                                                                                                                *Fonte: Rádio 92 FM de Palmeira das Missões

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