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Após desabafo de Armandinho, alcoólatras relatam luta contra o vício

Cantor escreveu em rede social sobre o vício e desabafo repercutiu nas redes sociais

Armandinho fez desabafo pelo Instagram
Foto: Reprodução  / Instagram

O desabafo do cantor Armandinho, que usou uma rede social para relatar a luta contra oalcoolismo, repercutiu esta semana nas redes sociais. Muitas pessoas manifestaram apoio ao artista para enfrentar o vício, que se tornou um problema de saúde no Brasil. ARádio Gaúcha ouviu o relato de pessoas que vivem o mesmo drama do artista e a opinião de especialistas sobre o assunto.

Conforme o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado neste ano, o brasileiro ingere 8,7 litros da bebida pura por ano, enquanto que no mundo, a média é de 6,2 litros anuais por pessoa. Já um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coloca o Sul do País como umas regiões onde a população mais consome bebida alcoólica. O estudo Lenad II mostra 55% das pessoas daqui bebem frequentemente – a média do País é de 52%.

Conforme o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, o problema é que a população bebe em grande quantidade e cada vez mais cedo. "A idade que se inicia hoje é 13 anos, e quem bebe frequentemente, acaba bebendo muito", conta.

Além disso, segundo o psiquiatra, o álcool é a principal porta de entrada para outrasdrogas e, em termos de tratamento, é o mais difícil. 

Relatos de um drama
A Gaúcha conversou com várias pessoas (os nomes foram omitidos por solicitação dos entrevistados), que participam dos Alcoólicos Anônimos. Eles relataram os desafios para superar a dependência.  

 

Um homem de 49 anos contou à reportagem o drama que passou até precisar pedir ajuda. “Eu procurei ajuda quando perdi minha família, meus amigos. Estava sozinho”, relata.

Outro integrante do Alcoólicos Anônimos, ainda em tratamento conta que o vício iniciou aos 12 anos. “Comecei muito cedo, com 12 anos. Depois perdi tudo que eu tinha, hoje estou com outra família, recuperado e feliz”, conta ele, que agora está com 45 anos e segue o acompanhamento, mesmo livre do álcool.

Com 65 anos, outra vítima do álcool conta que precisou ser internado. “O caso era tão sério, que precisei ser internado. Agora vou aos Alcoólicos Anônimos, o que ajuda muito na minha recuperação”, desabafa.

Conforme a Secretária Estadual da Saúde, 10% da população utiliza álcool ou droga no Rio Grande do Sul. A maioria é usuário de álcool. Além de ser a mais comum, é o único consumo presente em todas as faixas etárias.

O álcool é também a substância que mais aparece associado ao número de homicídios, acidentes de trânsito e violência doméstica no Rio Grande do Sul. A secretaria atende os usuários em 168 Centros de Atenção Psicossocial, quatro unidades de acolhimento e mil leitos em mais de 100 hospitais do Estado.

 

 

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